sábado, 13 de junho de 2009

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segunda-feira, 2 de março de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

As cores da bahia!

Vem aí a exposição deste último e encantador roteiro, a Bahia! Pra dar água na boca uma poucas fotos.
Depois de Trancoso já passamos por Itacaré e pela Península de Maraú. Estaremos na sequência publicando as matérias com fotos e muita alegria. AXÉ!







quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sopa de plástico

Matéria exibida no Fantástico

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Os limites do capital são os limites da Terra

Leonardo Boff

16/01/2009 - Uma semana após o estouro da bolha econômico-financeira, no dia 23 de setembro, ocorreu o assim chamado Earth Overshoot Day , quer dizer, "o dia da ultrapassagem da Terra". Grandes institutos que acompanham sistematicamente o estado da Terra anunciaram: a partir deste dia o consumo da humanidade ultrapassou em 40% a capacidade de suporte e regeneração do sistema-Terra. Traduzindo: a humanidade está consumindo um planeta inteiro e mais 40% dele que não existe. O resultado é a manifestação insofismável da insustentabilidade global da Terra e do sistema de produção e consumo imperante. Entramos no vermelho e assim não poderemos continuar porque não temos mais fundos para cobrir nossas dívidas ecológicas.
Esta notícia, alarmante e ameaçadora, ganhou apenas algumas linhas na parte internacional dos jornais, ao contrário da outra que até hoje ocupa as manchetes dos meios de comunicação e os principais noticiários de televisão. Lógico, nem poderia ser diferente. O que estrutura as sociedades mundiais, como há muitos anos o analisou Polaniy em seu famoso livro A Grande Transformação, não é nem a política nem a ética e muito menos a ecologia, mas unicamente a economia. Tudo virou mercadoria, inclusive a própria Terra. E a economia submeteu a si a política e mandou para o limbo a ética.
Até hoje somos castigados dia a dia a ler mais e mais relatórios e análises da crise econômico-financeira como se somente ela constituisse a realidade realmente existente. Tudo o mais é secundarizado ou silenciado.
A discussão dominante se restringe a esta questão: que correções importa fazer para salvar o capitalismo e regular os mercados? Assim poderíamos continuar as usual a fazer nossos negócios dentro da lógica própria do capital que é: quanto posso ganhar com o menor investimento possível, no lapso de tempo mais curto e com mais chances de aumentar o meu poder de competição e de acumulação? Tudo isso tem um preço: a delapidação da natureza e o esquecimento da solidariedade generacional para com os que virão depois de nós. Eles precisam também satisfazer suas necessidades e habitar um planeta minimamente saudável. Mas esta não é a preocupação nem o discurso dos principais atores econômicos mundiais mesmo da maioria dos Estados, como o brasileiro que, nesta questão, é administrado por analfabetos ecológicos.
Poucos são os que colocam a questão axial: afinal se trata de salvar o sistema ou resolver os problemas da humanidade? Esta é constituída em grande parte por sobreviventes de uma tribulação que não conhece pausa nem fim, provocada exatamente por um sistema econômico e por políticas que beneficiam apenas 20% da humanidade, deixando os demais 80% a comer migalhas ou entregues à sua própria sorte. Curiosamente, as vítimas que são a maioria sequer estão presentes ou representadas nos foros em que se discute o caos econômico atual. E pour cause, para o mercado são tidos como zeros econômicos, pois o que produzem e o que consomem é irrelevante para contabilidade geral do sistema.
A crise atual constitui uma oportunidade única de a humanidade parar, pensar, ver onde se cometeram erros, como evitá-los e que rumos novos devemos conjuntamente construir para sair da crise, preservar a natureza e projetar um horizonte de esperança, promissor para toda a comunidade de vida, incluídas as pessoas humanas. Trata-se sem mais nem menos de articular um novo padrão de produção e de consumo com uma repartição mais equânime dos benefícios naturais e tecnológicos, respeitando a capacidade de suporte de cada ecosistema, do conjunto do sistema-Terra e vivendo em harmonia com a natureza.
Milkahil Gorbachev, presidente da Cruz Verde Internacional e um dos principais animadores da Carta da Terra, grupo o qual pertenço, advertiu recentemente: Precisamos de um novo paradigma de civilização porque o atual chegou ao seu fim e exauriu suas possibilidades. Temos que chegar a um consenso sobre novos valores. Em 30 ou 40 anos a Terra poderá existir sem nós.
A busca de um novo paradigma civilizatório é condição de nossa sobrevivência como espécie. Assim como está não podemos continuar. Na última página de seu livro A era dos extremos diz enfaticamente Eric Hobsbawm: Nosso mundo corre o risco de explosão e de implosão. Tem de mudar. E o preço do fracasso, ou seja, a alternativa para a mudança da sociedade é a escuridão.
Importa entender que estamos enredados em quatro grandes crises: duas conjunturais – a econômica e a alimentar – e duas estruturais – a energética e a climática. Todas elas estão interligadas e a solução deve ser includente. Não dá para se ater apenas à questão econômica, como é predominante nos dabates atuais. Deve-se começar pelas crises estruturais pois que se não forem bem encaminhadas, tornarão insustentáveis todas as demais.
As crises estruturais, portanto, são as que mais atenção merecem. A crise energética revela que a matriz baseada na energia fóssil que movimenta 80% da máquina produtiva mundial tem dias contados. Ou inventamos energias alternativas ou entraremos em poucos anos num incomensurável colapso.
A crise climática possui traços de tragédia. Não estamos indo ao encontro dela. Já estamos dentro dela. A Terra já começou a se aquecer. A roda começou a girar e não há mais como pará-la, apenas diminuir sua velocidade ao minimizar seus efeitos catastróficos e ao adaptar-se a ela. Bilhões e bilhões de dólares devem ser investidos anualmente para estabilizar o clima entorno de 2 a 3 graus Celsius já que seu aquecimento poderá ficar entre 1,6 a 6 graus, o que poderia configurar uma devastação gigantesca da biodiversidade e o holocausto de milhões de seres humanos.
De todas as formas, mesmo mitigado, este aquecimento vai produzir transtornos significativos no equilíbrio climático da Terra e provocar nos próximos anos cerca de 150-200 milhões de refugiados climáticos segundo dados fornecidos pelo atual Presidente da Assembléia Geral da ONU, Miguel d'Escoto, em seu discurso inaugural em meados de outubro de 2008. E estes dificilmente aceitarão o veredito de morte sobre suas vidas. Romperão fronteiras nacionais, desestabilizando politicamente muitas nações.
Estas duas crises estruturais vão inviabilizar o projeto do capital. Ele partia do falso pressuposto de que a Terra é uma espécie de baú do qual podemos tirar recursos indefinidamente. Hoje ficou claro que a Terra é um planeta pequeno, velho e limitado que não suporta um projeto de exploração ilimitada.
Em 1961 precisávamos de metade da Terra para atender as demandas humanas. Em 1981 empatávamos: precisávamos de um Terra inteira. Em 1995 já ultrapassamos em 10% de sua capacidade de regeneração, mas era ainda suportável. Em 2008 passamos de 40% e a Terra está dando sinais inequívocos de que já não agüenta mais. Se mantivermos o crescimento do PIB mundial entre 2-3% ao ano, em 2050 vamos precisar de duas Terras, o que é impossível. Mas não chegaremos lá. Resta ainda lembrar que entre 1900 quando a humanidade tinha 1,6 bilhões de habitantes e 2008 com 6,7 bilhões, o consumo aumentou 16 vezes. Se os países ricos quisessem generalizar para toda a humanidade o seu bem-estar - cálculos já foram feitos - iríamos precisar de duas Terras iguais a nossa.
A crise de 1929 dava por descontada a sustentabilidade da Terra. A nossa não pode mais contar com este fato e com a abundancia dos recursos naturais. Nenhuma solução meramente econômica da crise pode suprir este déficit da Terra. Não considerar este dado torna a análise manca naquilo que é a determinação fundamental e a nova centralidade.
Tudo isso nos convence de que a crise do capital não é crise cíclica. É crise terminal. Em 300 anos de hegemonia praticamente mundial, esse modo de produção com sua expressão política, o liberalismo, destruiu com sua voracidade desenfreada, as bases que o sustentam: a força de trabalho, substituindo-a pela máquina e a natureza devastando-a a ponto de ela não conseguir, sozinha, se auto-regenerar. Por mais estragemas que seus ideólogos vindos da tradição marxiana, keneysiana ou outras tentem inventar saídas para este corpo moribundo, elas não serão capazes de reanimá-lo. Suas dores não são de parto de um novo ser mas dores de um moribundo. Ele não morrerá nem hoje nem amanhã. Possui capacidade de prolongar sua agonia mas esgotou sua virtualidade de nos oferecer um futuro discernível. Quem o está matando não somos nós, já que não nos cabe matá-lo mas superá-lo, na boa tradição marxiana bem lembrada por Chico Oliveria em sua lúcida entrevista, mas a própria natureza e a Terra.
Repetimos: os limites do capitalismo são os limites da Terra. Já encostamos nestes limites tanto da Terra quanto do capitalismo. A continuar seremos destruídos por Gaia pois ela, no processo evolucionário, sempre elimina aquelas espécies que de forma persistente e continuada ameaçam a todas as demais. Nós, homo sapiens e demens, nos fizemos, na dura expressão do grande biólogo E. Wilson, o Satã da Terra, quando nossa vocação era o de sermos seu cuidador, guardião e anjo bom.
Para onde iremos? Nem o Papa nem o Dalai Lama, nem Barack Obama nem muito menos os economistas nos poderão apontar uma solução. Mas pelo menos podemos indicar uma direção. Se esta estiver certa, o caminho poderá fazer curvas, subir e descer e até conhecer atalhos, esta direção nos levará a uma terra na qual os seres humanos podem ainda viver humanamente e tratar com cuidado, com compaixão e com amor a Terra, Pacha Mama, Nana e nossa Grande Mãe.
Esta direção, como tantos outros já o assinalaram, se assenta nestes cinco eixos: (1) um uso sustentável, responsável e solidário dos limitados recursos e serviços da natureza; (2) o valor de uso dos bens deve ter prioridade sobre seu valor de troca; (3) um controle democrático deve ser construído nas relações sociais, especialmente sobre os mercados e os capitais especulativos; (4) o ethos mínimo mundial deve nascer do intercâmbio multicultural, dando ênfase à ética do cuidado, da compaixão, da cooperação e da responsabilidade universal; (5) a espiritualidade, como expressão da singularidade humana e não como monopólio das religiões, deve ser incentivada como uma espécie de aura benfazeja que acompanha a trajetória humana, pois ancora o ser humano e a história numa dimensão para além do espaço e do tempo, conferindo sentido à nossa curta passagem por este pequeno planeta.
Devemos crer, como nos ensinam os cosmólogos contemporâneos, nas virtualidades escondidas naquela Energia de fundo da qual tudo provém, que sustenta o universo, que atua por detrás de cada ser e que subjaz a todos os eventos históricos e que permite emergências surpreendentes. É do caos que nasce a nova ordem. Devemos fazer de tudo para que o atual caos não seja destrutivo mas criativo. Então sobrevivemos com o mesmo destino da Terra, a única casa comum que temos para morar.
*Leonardo Boff é teólogo, escritor, professor emérito de ética da UERJ e membro da Comissão da Carta da Terra.
Fonte: Envolverde/Agência Carta Maior

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Felizes com a crise

Escrito por Danilo Pretti Di Giorgi

Imagine se, como no livro Revolução dos Bichos, de George Orwell, os animais do planeta tivessem senso crítico e opinião, ou, como em Senhor dos Anéis, obra de J. R. R. Tolkien, as árvores fossem capazes de fazer reuniões para decidir o que é melhor para sua floresta. Teríamos hoje a maior parte dos seres vivos do planeta a comemorar as possíveis conseqüências ambientais positivas da crise.

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Num cenário recessivo, seriam grandes as chances de redução nas emissões de carbono, no consumo de madeira nativa e na demanda por novas áreas de floresta para criação de gado e plantio de soja. Cairia também o crescimento do consumo de energia elétrica e, assim, arrefeceria a pressão para a construção de novas hidrelétricas em áreas de floresta virgem; até mesmo as linhas de financiamento para obras de grande porte escasseariam. A pesca industrial também seria reduzida, o que daria um respiro para as espécies de peixes marinhos ameaçados de extinção. Com a queda da produção e do consumo, seria menor a quantidade de mercadorias transportadas entre as cidades e países, com menos caminhões queimando o óleo diesel de quinta qualidade que polui as estradas e cidades brasileiras com seus índices indecentes de emissão de enxofre. Uma recessão faria diminuir o número de celulares (e suas baterias venenosas) sendo jogados no lixo a cada minuto. Com a queda nas vendas de automóveis e demais produtos industrializados que utilizam minério de ferro e outros minerais em sua produção, as reservas desses recursos naturais (que são finitas, não custa relembrar) e a natureza ao redor delas seriam poupadas. Com retração da economia, as pessoas consumiriam menos e cairia a produção de lixo, tornando menos urgente encontrar soluções para a superlotação dos aterros sanitários e dos famigerados lixões.

Enquanto arrancamos os cabelos preocupados o crescimento do desemprego, nossos bichos e árvores falantes celebrariam as notícias deste outubro de 2008, segundo as quais a Petrobras reduziu a previsão de investimentos e ampliou os prazos para a exploração do petróleo na área do pré-sal. Mais: o governo Lula prevê cortes nos investimentos em infra-estrutura e nas obras do PAC, algumas delas verdadeiros desastres ambientais programados.

Há ambientalistas que argumentam que a crise pode de alguma forma ser prejudicial, ao inibir investimentos e decisões governamentais ambientalmente positivas. Os debates travados na reunião de cúpula da União Européia, realizada este mês, reforçam a tese: nove integrantes do bloco, liderados pela Itália de Berlusconi, usaram a crise econômica como razão para colocarem-se contra um plano já acordado meses atrás, que prevê redução em 20% da emissão de gases que provocam o efeito estufa até 2020. Para Berlusconi, “as empresas italianas não estão em condições de arcar com as despesas para atingir essas metas”.

Mas o histórico recente de desrespeito a acordos de emissão de gases mostra que esse caminho não merece ser levado a sério por quem realmente se preocupa com a questão ambiental. O famoso Protocolo de Kyoto, por exemplo, assinado em 1997, morreu de desgosto por ter sido sistematicamente desrespeitado pelos governos signatários - e isso apesar de que suas metas de redução eram consideradas insuficientes para conter os efeitos das emissões.

A provável redução no direcionamento de recursos para conservação é outra preocupação válida. Mas arrisco afirmar que os benefícios da retração na degradação ambiental em caso de recessão superariam em muito eventuais problemas com corte de verbas para projetos de proteção e conservação.

Seja nos próximos meses ou daqui a cinco, 15 ou 100 anos, a derrocada desse sistema econômico é inevitável, uma vez que se baseia em premissas insanas e insustentáveis, como a de que os recursos naturais que o alimentam têm suprimento infinito e que o crescimento econômico constante e ilimitado é possível. Em algum momento, a escassez de recursos em geral, em especial os minerais (muitos com data marcada para acabar, como destacado neste espaço no artigo O preço do índio), será um dos fatores que vão inviabilizar a perpetuação do sistema linear de extração-produção-consumo no qual estamos mergulhados e nos afundando. Mas tenho esperança de que não precisaremos secar as fontes para interromper essa espiral de insanidade.

Apesar de saber que toda a humanidade, incluindo eu, minha família e amigos, sofrerão na pele as duras conseqüências de um mergulho recessivo da economia, tendo a ficar do lado dos bichos e vegetais encantados e torcer para que o remédio amargo seja tomado logo desta vez, e o quanto antes. Porque, dada a velocidade que a destruição assumiu nas últimas décadas, apesar de ainda termos hoje grandes pedaços de floresta relativamente intactos, muitos peixes no mar e alguns rios limpos e livres de represas, corremos o risco de perder tudo isso em poucos anos.

As conseqüências das barbeiragens protagonizadas por homens elegantes que usam gravatas de milhares de dólares mostram que talvez não seja necessário esperar que as geleiras derretam, o sertão vire mar nem a Amazônia transforme-se num deserto para que o caos se instale entre nós. Melhor que ele venha logo enquanto ainda temos grande parte da biodiversidade do mundo intacta. E tomara que aprendamos alguma coisa de útil com sua chegada.

Danilo Pretti Di Giorgi é jornalista.

Fonte: Correio da Cidadania.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sopa de plástico

Hoje vou falar sobre um assunto que envergonha a raça humana.

Quanto mais estudamos assuntos ambientais, mais ficamos impressionados com a capacidade do ser humano em destruir o planeta. E devo admitir, somos BEM criativos! Destruímos e causamos impacto em praticamente tudo que tocamos ou nos relacionamos. Solo, lençois freáticos, camada de ozônio, flora, fauna, geleiras e até a camada de ozônio e o campo magnético da Terra conseguimos alterar com nossas tecnologias.

Mas, realmente, o que mais me impressionou foi a apelidada "sopa de plástico" que paira, translúcida, sobre o maior oceano do planeta: o pacífico.
Descoberta em 1997 por Charles Moore durante um passeio de férias, a "sopa de plástico" tem proporções gigantescas: 100 MILHÕES de tonelas de lixo se extendem por um espaço que pode superar em DUAS VEZES o tamanho dos Estados Unidos!!!!
O nome foi dado devido a constatação científica de que mais de 90% dos desejos são materiais plásticos. E o termo "sopa" pode ser melhor compreendido com a declaração do especialista norte-americano, Marcus Eriksen "em geral as pessoas imaginam uma espécie de ilha de plástico sobre a qual quase se pode caminhar. Não é exatamente assim. É quase como uma sopa de plástico, pois a água se mistura com o lixo logo abaixo da superfície."
O mar de lixo, de 10 metros de profundidade, localiza-se no chamado "giro pacífico norte", local onde o oceano circula lentamente devido aos poucos ventos e aos sistemas de pressão extremamente altos que estariam "segurando o lixo".

Estudo divulgado, em junho do ano passado (2007), pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep), comprovou que atualmente existem mais de 46 mil detritos de plástico em cada milha quadrada de oceano, ou cerca de 18 mil em cada quilômetro quadrado. Segundo o relatório, a cada ano os detritos plásticos causam a morte de 1 MILHÃO de pássaros marinhos, 100 MIL mamíferos aquáticos e milhares de peixes. Em apenas uma ave foram encontradas centenas de materiais plásticos em seu estômago, que acabou matando o animal asfixiado
POLUIÇÃO - Ainda de acordo com o mesmo relatório, cerca de 6,4 milhões de toneladas de lixo marinho são descartadas nos oceanos e mares por ano.Por dia, aproximadamente 8 milhões de itens de lixo marinho são despejados nos oceanos e mares, dos quais, cerca de 5 milhões são jogados de navios. Mais de 13 mil pedaços de lixo plástico estão, atualmente, flutuando em cada quilômetro quadrado de oceano. A Fundação de Pesquisa Marinha Algalita (AMRF), por exemplo, afirma em um relatório de pesquisa que encontrou num trecho do Oceano Pacífico, em 2002, seis quilos de plástico para cada quilo de plâncton próximo da superfície.

CULPADOS - Quem são os responsáveis por tamanha atrocidade?! Para chegarmos a raiz do problema, vamos enumerar os responsáveis, por ordem crescente de culpa.
Por mar: Navios mercantes da marinha(pelo despejo de lixo marinho no mar); Embarcações de pesca (por perderem ou abandonarem apetrechos de pesca e também por jogarem lixo no mar); Lixo de banhistas nas praias; Embarcações de recreio (iates, lanchas etc)
Por terra: Dejetos irregulares e criminosos de indústrias; Lixões próximos das zonas costeiras; Esgotos sem tratamento; Lixo que desce pelos rios e chega ao mar (jogados por pessoas sem consciência);
* Também graves são os acidentes de derramemento de óleo de navios e plataformas de petróleo.

TRÁFEGO MARÍTIMO - Para entender melhor como funciona o tráfego de embarcações marítimas e as consequentes rotas de poluição, selecionei esta ilustração (abaixo) para elucidar o cenário.
SOLUÇÃO - Uma das possíveis soluções para amenizar a situação é instalar estações receptadoras de lixo nos portos e marinas do mundo. Mas isso, sem dúvida, não será suficiente para promover uma verdadeira mudança de atitude em nossos "semelhantes." Primeiramente os governos precisam considerar esta realidade. Atualmente, não existe nenhum ministério/secretaria/órgão governamental responsável, por esta questão. É como se não considerássemos o problema.

Por enquanto, estamos vivendo felizes e satisfeitos com nossos confortos e luxos, mas logo logo as 100 MILHÕES de toneladas de lixo vão mandar o seu recado às nossas praias paradisiacas e promíscuas. E ele virá em forma de quilometros e quilometros de plástico e devastação.
ASSIM ESPERO, ASSIM MERECEMOS!
Sem mais,
Triste.
Postado por Fabiano Porto