quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Palavras do Buda da Compaixão

"A melhor maneira de ter certeza de que um dia nos aproximaremos da morte sem remorsos é agindo de maneira responsável e manifestando compaixão pelos outros no presente. Na verdade, isso é de nosso próprio interesse e não apenas porque vá nos beneficiar no futuro. A compaixão é uma das coisas que mais dão sentido às nossas vidas. É a fonte de toda felicidade e alegria duradouras. É o alicerce de um bom coração, o coração daquele que age motivado pela vontade de ajudar os outros. Por meio da bondade, da afeição, da honestidade, por meio da verdade e da justiça para com todos os outros é que asseguramos nossos próprios benefícios. Essa não é uma questão para ser debatida com teorizações complicadas. É uma questão simples, de bom senso. Não há como negar que a consideração pelos outros é algo valioso.Não há como negar que a nossa felicidade está inextricavelmente entrelaçada à felicidade dos outros. Não há como negar que, se a sociedade sofre, nós também sofremos. Não há como negar que quanto mais animosidade há em nossos corações, mais infelizes nos tornamos. (...) Amor pelos outros e respeito por seus direitos e sua dignidade, sejam eles quem forem ou o que forem: é só o que afinal precisamos ter. Se praticarmos isso em nossas vidas diárias, não importa se somos instruídos ou ignorantes, se acreditamos em Buda ou em Deus, se seguimos outra religião ou não seguimos nenhuma. Desde que tenhamos compaixão pelos outros e sejamos capazes de nos conter, motivados pela noção de responsabilidade, não há dúvida que seremos felizes.
"Tenzin Gyat-so, o Dalai Lama ( Uma ética para o novo milênio, Ed. Sextante)

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